Porto, junho
de 1974. -> Destino: Peniche!
Foto: Arquivo da Carris. |
Há 38 anos! É verdade, já lá vão 38 anos depois de aqui ter chegado.
Na altura talvez não, mas com o meu crescimento a pergunta surgiu: Porque será que esta terra foi colocada no meu caminho?
Porquê desta escolha? Afinal Peniche é um local que mais parece uma estrada sem saída (por se tratar de uma península). Será que foi o destino? Foi um castigo ou um prémio? Ou será este o meu porto de abrigo?
Na altura até parecia ouvir vozes que me diziam “agora que aqui entraste, daqui não sais”,… Mais tarde, era eu que dizia, como naquela canção tantas vezes cantada nos carnavais penicheiros, “daqui não saiu, daqui ninguém me tira.”
Se no princípio parecia estranho, tal como aquela bebida americana, o sabor foi-se estranhando e depois entranhando, e depois de tornar-se numa paixão, incompreensivelmente transformou-se em amor “que é fogo que arde sem se ver”…
Recordo a minha infância com saudade. O meu pai, fotografo, ensinou-me uma arte - à “força” e contra a minha vontade - tinha eu 12 anos, e naturalmente queria era brincar.
Mas lembro-me de vê-lo a fotografar as traineiras cheias de peixe, cercadas de gaivotas, a ribeira cheia de gente, a festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, as procissões, os jogos do nosso GDP, no desaparecido Campo do Baluarte, os movimentos litúrgicos, os bailes de carnaval dos Bombeiros, do Escorrega, do Clube Recreativo e da Associação. Atividades onde eu também participei.
Como muitos, mais tarde,
também vivi as minhas experiências futebolísticas no São José e no SC de Vila
Maria, em futebol de 11, e dos eternos “Gandulas” em futebol de salão. E como
era emocionante aquele pavilhão do Stella Maris e mais tarde no Polivalente
cheios de gente e de desportivismo.
Por falar em Stella Maris, recordam-se das
jornadas fantásticas - especialmente - de Basquetebol e de Hóquei em patins. E
da ginástica e do atletismo da Associação Penichense?
Peniche já não é assim! Nos últimos anos ouvi falar de muitos projetos, de muitas ideias, mas vi poucas obras…
A certa altura ouvi falar de uma pousada na Fortaleza, achei boa ideia, afinal aquele espaço precisa de ser revitalizado. Longe vai o tempo em que ele serviu de palco a espetáculos de Lena d’Água, Trovante, Sérgio Godinho, … Por falar em espetáculos, querem ir ao Cinemar?
Também ouvi falar de uma obra fantástica, de utilidade fulcral para os estudantes, e não só, a biblioteca municipal.
Ainda me lembro de um certame chamado de Sabores do Mar. Ah, e antes ainda da Feira do Mar.
Meu Deus, agora que vou percorrendo a minha memória, lembro tanta coisa… mas em vez de me dar uma nostalgia de sabor e felicidade, essas memórias deixam-me triste. Porquê?
Porque em Peniche já não temos nada igual. Não fizemos nada para manter ou melhorar o que de bom foi feito e nos últimos tempos assistimos a um total marasmo e completa destruição da génese penichense.
Peniche, tal como um barco sem rumo, parece andar perdido. O povo vibra quando a onda trás à tona uma lata de cavala ou uma prancha de surf. Mas, até quando?
Se calhar, até que um dia as ondas levem todos os nossos sonhos e ambições e deixem na areia apenas uma frase…
Peniche já não é assim! Nos últimos anos ouvi falar de muitos projetos, de muitas ideias, mas vi poucas obras…
A certa altura ouvi falar de uma pousada na Fortaleza, achei boa ideia, afinal aquele espaço precisa de ser revitalizado. Longe vai o tempo em que ele serviu de palco a espetáculos de Lena d’Água, Trovante, Sérgio Godinho, … Por falar em espetáculos, querem ir ao Cinemar?
Também ouvi falar de uma obra fantástica, de utilidade fulcral para os estudantes, e não só, a biblioteca municipal.
Ainda me lembro de um certame chamado de Sabores do Mar. Ah, e antes ainda da Feira do Mar.
Meu Deus, agora que vou percorrendo a minha memória, lembro tanta coisa… mas em vez de me dar uma nostalgia de sabor e felicidade, essas memórias deixam-me triste. Porquê?
Porque em Peniche já não temos nada igual. Não fizemos nada para manter ou melhorar o que de bom foi feito e nos últimos tempos assistimos a um total marasmo e completa destruição da génese penichense.
Peniche, tal como um barco sem rumo, parece andar perdido. O povo vibra quando a onda trás à tona uma lata de cavala ou uma prancha de surf. Mas, até quando?
Se calhar, até que um dia as ondas levem todos os nossos sonhos e ambições e deixem na areia apenas uma frase…
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2013.02.07