Diz-se por aí que vai acabar o mundo. Não acredito em “mortes”
anunciadas, mas pus-me a pensar: “se for verdade, terei eu feito tudo o que
deveria para que não deixe nada por fazer antes do mundo acabar?”
Escrevi no facebook uma ‘piadola’: “De acordo com a NASA (e
a Troika), o fim do mundo vai ser adiado para que Portugal, a Grécia, a
Irlanda, a Espanha e outros países que têm dívidas, possam acabar de pagar.
Porque se não pagarem, vai ser o fim do mundo!”
A minha questão de hoje é: Acabando o mundo, será que ficou
alguma coisa por dizer?
Pergunto-me: E isso importa para quê? Se o mundo acabar, nós
vamos com ele, logo, ninguém fica cá para me dizer o que não fiz e que deveria
ter feito!
Em bom rigor, embora ainda seja novo para pensar no fim, o
certo é que há momentos em que penso realmente se estou a esquecer-me de alguma
coisa. Efetivamente todos temos esses momentos, aqueles em que paramos e
pensamos PORQUÊ? Seja pelo que for, há sempre o querer saber porquê, sim porquê
de ter uma doença, porquê de perder alguém que se ama, porquê de ter que viver
todos os dias em ritmo acelerado, porquê de tudo ser efémero, porquê EU…
PORQUÊ?
Quem tem filhos acabou por perceber o porquê de sempre nos
falaram sobre a idade dos porquês, mas a certa altura também quisemos saber
porquê, certo?
Penso que diariamente tento mostrar a quem mais amo que os
amo, que gosto deles e que são muito importantes na minha vida. Outros há que, infelizmente,
por mais que tenha tentado manter uma dinâmica de vida ativa com eles, e tal
como faço sempre, e lá está, sem saber o porquê, acabei por sentir o “desligar”.
É a vida, dizem. Ok, aceito, que remédio.
O que espero, mesmo não acreditando que o mundo vá acabar, é
que nada fique por fazer ou por dizer…
Já agora pergunto:
Acreditam que o mundo vai acabar?
Não vale esperar para
ver, até porque depois já não aceito a resposta.
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2013.02.07