14 de dezembro de 2012

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Independentemente da liberdade que cada um tem de expressar a sua ideia, não gosto de ver o emprego EXCESSIVO de frases (gatunos, ladrões, etc.) e imagens, em especial algumas recentes onde substituem Jesus Cristo por políticos, difundidas através das redes sociais. Acho de muito mau gosto.

Pela educação que me foi promovida, habituei-me e prezo muito o respeito pela expressão “respeita se queres ser respeitado”, e julgo que não será com essas "coisas" que se vai contribuir para mudar o mundo. Há um momento e local próprios para isso, mas mais de 50% abstêm-se de o fazer. O que acho lamentável.
Deixem-me dizer que também compreendo, precisamente pelo que acima digo, que quem não se dá ao respeito… Mas devemos ser ou ter postura igual, se desejamos e intimamos “coisa” diferente?
Se a Constituição nos dá a liberdade de expressão, também nos impõe o dever do respeito pelos direitos dos outros e "obriga" a adotar uma atitude digna com o próximo.
Por outro lado, o 25 de abril de 1974 trouxe o que muitos lutaram para conseguir, designadamente a democracia. Só que essa democracia (“Demo” + “Kratos” = Poder do povo) deve ser, como tudo na vida, usada com consideração e prudência, sob pena de cairmos no ridículo e de deixarmos de merecer o respeito dos demais.
Se queremos mostrar que somos diferentes arrisquemos sê-lo, sem medo, nos locais e momentos certos, a democracia é isso mesmo, a participação ativa do povo na vida em sociedade organizada e com projetos comuns e empenhados em criar um bem comum.
Aquilo que mais fazemos nas redes sociais é algo que devemos trazer ao nosso dia-a-dia, mas por forma a ajudar, efetivamente, para uma evolução segura e válida, sem dissimulações nem provocações. Da discussão nasce a luz[1]. E casa onde não há pão…
Deixo o meu desafio…
Tal como fazemos todos os dias, nomeadamente no Facebook, vamos fazer da vida uma rede social com milhares de pessoas amigas, vamos construir um mundo melhor, vamos Gostar! Comentar! Partilhar!


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[1] De acordo com J. S. Mill, nenhuma questão, moral ou empírica, pode ser resolvida em absoluto, o que nos obriga a admitir que as nossas respostas deverão ser temporárias. Temos de aceitar a sua revisão. A verdade, ou mais corretamente, a «maior» verdade - uma vez que a Verdade nunca poderá ser atingida - surge do conflito entre as opiniões falsas e as verdadeiras (ou, segundo Mill, as mais falsas e as mais verdadeiras). Isto leva-o a defender que nunca se deve suprimir uma opinião, porque, se o fizermos, nunca chegaremos à mais justa. É na moral que se torna necessário adotar uma atitude humilde. Se quisermos chegar a uma conclusão, teremos de aceitar debater com todos os opositores, mesmo com aqueles que, por serem fanáticos, mais repulsa nos causam. É da discussão que nasce a luz. - In, Mónica, Maria Filomena (2011), A Morte. Lisboa: FFMS, p. 80.

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2013.02.07