18 de outubro de 2017

Reflexão: Jogar como o meu ídolo… ou só jogar?

... e depois, passam-nos a batata quente de ter que encontrar o equilíbrio entre o sonho e a realidade, e garantir que vamos todos, “SEMPRE juntos, até onde o sonho nos levar”.

Será mesmo verdade que muitos dos nossos jovens quando pensam em praticar uma modalidade desportiva colocam como objetivo principal ser como o seu ídolo?

Na verdade, a maioria dos rapazes prefere o futebol e quer ser um Cristiano Ronaldo, e uma outra parte, na nossa modalidade, sonhou, até certa altura, ser o 23. Porquê? Porque um dos maiores jogadores de sempre e que usava esse número, era um “tal” de Michael Jordan!

Hoje, muitos apostam ser o 7 (Anthony Carmelo, dos NY Knicks), 23 (LeBron James, dos CAVS) ou o 30 (Stephen Carry, Warriors), entre outros.

E isso é errado? Claro que não. É, perfeitamente, normal e natural!

Pelo contrário, não parece ser tão fácil perceber, no caso das meninas, que ídolos terão elas no desporto. Pelo menos eu assumo desconhecer, caso exista. Peço desculpa.

Isto deixa-me a pensar que efectivamente existem algumas diferenças entre as meninas e os meninos. E esta é uma questão que me inquieta: o que procuram ser as meninas quando partem para a prática desportiva? Ser apenas e só elas mesmas?

Será que os rapazes se preocupam mais do que as meninas em ganhar? Em ser “bons”, como os tais ídolos?

Será que as meninas apenas procuram ter um grupo de amigas que partilham dos mesmos gostos desportivos e que, por essa razão, se juntam para a sua prática, independentemente de serem guerreiras e de, também, quererem ganhar? Sim, porque ninguém gosta de perder, nem que seja a feijões - já diz o povo.

E nós treinadores? O que procuramos ser quando nos entregamos a esta missão? Quereremos nós ser os “Mourinhos” do basquetebol?

Para mim, o mais importante, para começar, é perceber o que cada jovem que me é confiado quer! O que procura, o que espera… e depois, passam-nos a batata quente de ter que encontrar o equilíbrio entre o sonho e a realidade, e garantir que vamos todos, “SEMPRE juntos, até onde o sonho nos levar”.

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2013.02.07